quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O meu Ipê amarelo



Caminhando pelas ruas da cidade observava a quantidade de Ipês amarelos a enfeitar as ruas e as montanhas que a rodeiam. Pus-me a imaginar que sinais eles trazem. Anúncio de primavera, dias de vento, sinais de que o frio vai embora (apesar de que ele agora que chegou). Sinais de mudança!
Alguma mudança. Por entre a mata seca, que facilmente (lógico, pela ação inconseqüente dos homens) se acende em vivas chamas de fogo que consomem tudo. Porém, mesmo entre aquele aspecto seco, morto, sem vida, se levanta majestosa as cores fortes de um Ipê. Não me recordo bem de suas cores, aqui predominam os amarelos, e por entre aqueles galhos retorcidos, que durante o ano inteiro parecem mais um arbusto seco e morto, nasce divinamente uma estrondosa árvore. Espalha seu cheiro e atrai pássaros, bem como insetos, e os olhares humanos, até dos mais desapercebidos. Pomposamente ela chama-nos a atenção para a primavera da vida, para a beleza do Criador refazendo a sua obra de criação de ano em ano. Após a sua florada ela lança suas sementes pelas "espigas" que de seus ramso saem juntamente com suas novas folhas. Interessante notar que o Ipê dá flores quando seus ramos estão sem folhas, talvez para que o verde das folhas não obscurece a cor das flores.
De longe avistamos um sinal de do céu. Um doce convite de que os tempos vão mudar. Preparemo-nos!

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